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A.M.E - Acolha, Mostre, Experimente

  • Foto do escritor: Camila Bhering
    Camila Bhering
  • 12 de mai. de 2020
  • 3 min de leitura

Isolados em casa sem previsão de volta à “vida normal”.

E agora?


Tenho recebido relatos de pais muito preocupados com as dificuldades que os filhos, tanto crianças quanto pré-adolescentes, tem apresentado nesse período e sobre como lidar com cada situação.


“Meu filho voltou a dormir na minha cama!”, “Não sei o que fazer, meu filho está com medo de dormir sozinho..”, “Esses dias, minha filha estava preocupada, perguntando se o papai e a mamãe poderiam morrer por causa do vírus”, “Ela está tão birrenta, qualquer coisa fica frustrada”, “De repente, minha filha de 3 anos, voltou a fazer xixi na roupa”...

“É importante manter a rotina”, eles disseram...





Mas como manter a tal rotina em um contexto totalmente diferente de tudo que já vivemos? Como manter a rotina de todos os membros da família (crianças, adolescentes, pais e às vezes avós, todos no mesmo teto) em casas que se transformam em escola, escritório, sala de reunião, brinquedoteca e restaurante com horários de funcionamento, nem sempre bem estabelecidos, e dinâmicas diferentes?


Para muitas famílias, esse cenário se mostrou como uma oportunidade de ter o tempo que tanto faltava para aproveitar momentos com os filhos, acompanhar mais de perto o desenvolvimento das crianças, fazer novas descobertas juntos e aprender a viver um dia de cada vez.


Por outro lado, os momentos de alegria e fraternidade, se contrastam em igual intensidade com um misto de sensações, pensamentos, dúvidas e preocupação.


Para nós, enquanto adultos, lidar com o cenário atual pode ser desafiante.


Para as crianças que ainda não tem uma compreensão tão clara de tudo que está acontecendo, mas que se viram de um dia para o outro com suas rotinas viradas ao avesso, o desafio pode ser maior ainda. Pais em casa em tempo integral, mas tendo que dividir a atenção com as demandas de casa e do trabalho, adaptação às aulas on-line e demandas da escola, ausência de interação com outras crianças e limitação de espaço físico para brincar. Além dos inevitáveis medos de perder as pessoas que ama e a saudade das pessoas que estão distantes nesses dias de isolamento.


Pensando nisso tudo, separei algumas dicas que podem ajudar nesse momento:


  • Acolha e converse sobre os medos e emoções que possam surgir. Ajuda a criança a nomear o que está sentindo e valide esses sentimentos. Vale dizer: “Eu entendo que você está com medo de dormir sozinho. Vou ficar ao seu lado até você dormir e estarei pertinho, no meu quarto, se você precisar”.


  • Mostre que você também não se sente bem as vezes e pensem juntos em soluções para esses momentos. Vale dizer: “Às vezes eu também me sinto bravo. E quando me sinto bravo, eu converso com as pessoas que confio ou escuto uma música que me faz bem.”


  • Experimente deixar que as crianças sintam o tão temido tédio! É nesse momento que descansamos e ativamos a criatividade! Permita que a criança explore brinquedos e brincadeiras sozinha.


Nessa fase pequenas regressões, como por exemplo, voltar a dormir na cama dos pais ou não segurar o xixi, podem acontecer. Além de alterações de humor ou comportamentais, como a famosa “birra” ou intolerância à frustração.

Vale lembrar que cada criança tem necessidades diferentes e interpreta a situação de maneiras diferentes também!


Se tiver dúvidas ou dificuldades sobre como lidar com as crianças nesse período, procure ajuda de um profissional habilitado. Através de sessões com os pais, até mesmo por vídeo chamada, e/ou com as crianças, é possível traçar um plano de intervenção e estratégias para que possamos levar o melhor de cada momento e minimizar possíveis dificuldades.


E na dúvida, A.M.E!



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